PENSAMENTOS QUE ME INUNDAM


          Não é de você que eu sinto falta!
          Eu sinto falta de ser eu quando estou com você.
          Eu sinto falta de mim!
         Sinto falta deste pedaço do meu coração que você levou e que nem ao menos valoriza. E dai que eu agora estou sozinha, e dai que eu sinta um vazio estranho e nebuloso, sei que você não se importa e também não me importo mais!
          Quero sentir o sangue quente que agora escorre do meu coração tocar meu seio outrora apaixonado, quero sentir mesmo essa dor lancinante que me parte em duas metades, quero sentir o escorrer destas lágrimas cortantes que dilaceram minha face transformando-a em imagem de horror.
          Mas não, não quero que ninguém tenha dó do meu sofrer, não quero que ninguém tente apaziguar meu tormento. Quero aprender com isto uma valiosa lição sobre confiar um coração genuinamente travesso e bobo nas mãos de um estranho sem causa.
          Ódio? Jamais haverá de minha parte ódio ou raiva contra você. Pois já não disse que O AMO, por que então você insiste em subestimar meu sentimento? Talvez eu sinta amargura, talvez nem isso! Só saudade e um tantinho de vontade de acreditar de novo. Mas não posso! Essa luta não é contra você é contra minha alma que insiste em transparecer meu calvário.
          Já não quero mais abraços ou beijos falsos! Agora já não me importa mais ter sorrisos que foram fabricados e olhares de amizade que são forjados... Se dentro de você eu não sou nada, dentro de mim você será nada, mesmo que eu tenha que me reescrever e me reinventar. Você ainda é tudo dentro do meu coração, mas por pouco porque te tirarei dela aos golpes. Pergunta-se se eu sofrerei? Sim. Mas se você não consegue apiedar-se de minha dor hoje, quando ainda você está dentro do meu coração, que dirá quando você não fizer mais parte da minha vida! Não definitivamente não conto mais com você...
          Olhar para o horizonte para enxergar finalmente a essência dos seres humanos, eis o que fiz. Com que resultado? Enxerguei que os piores monstros são estes que nos cercam em pele de cordeiro e nos destroçam com seus terríveis dentes de aço. São os seres humanos mediocridades e fantasia. É puramente uma mistura de dois antros e dois desejos. Nem ao menos um deles mostrou-se complacente diante de meus puros sentimentos. Quem deles mostrou-se grato pelo meu amor? Quantos se dispuseram a considerar o que fielmente lhes oferecia? Nem sequer um deles mostrou-se digno!
          Estes sentimentos de impotência e sobriedade gritante que às vezes me inundam são apenas reflexos de um convívio com outros seres, que absolutamente não são iguais a mim! Não sabem amar com eu e não querem ser influenciados por minha cativante alma que é romanticamente apaixonada!
                                                             

      Maria José C. de Oliveira ( 01/06/2011)


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