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Mostrando postagens de dezembro, 2016

-UMA CARTA DE 2016

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Se tiveres algo mais a dizer então dizes logo. Fala mal, grita, bate na minha cara. Diz que roubei muito de você, seus sonhos, vidas, planos, desejos que nem sequer puderam brotar direito e eu já os furtei agressivamente e cruelmente. Eu sei que não agi do melhor modo, sei que fui impulsivo, desmedido, arrogante, bruto com você. Sei que foi um dos períodos em que mais cometi erros sequenciais e absurdos, induzi muitos a caminharem do meu lado rumo ao precipício, abusei de sua ignorância e os usei descaradamente. Eu os levei a crer que era uma boa decisão quando na verdade era o inicio do fim... Eu admito isso, errei muito sim! Mas, pense compassivamente sobre mim, reveja seus dias, reconte suas horas, reviva tudo minuciosamente e responda com toda sinceridade que puder: Não houve sequer um acerto? Será que durante esse tempo não fiz absolutamente nada que você pode recordar e sorrir, que ao lembrar você tenha uma boa impressão daquele momento? Não houve sequer uma flor plantada no

-AINDA BEM QUE EU PEGUEI ESSE ÔNIBUS!

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Eu peguei o ônibus que faz o maior percurso por falta mesmo de opção naquele instante. Mas, o maior percurso transcorre dentro de nós um maior numero de pensamentos e para seres extremamente fáceis de devanear e perder-se em pensamento esse é até um momento de prazer singelo. O fato é que senti ao longe um cheiro familiar, lembrei-me de casa... Da minha velha casa lá no curimataú, na minha Cuité que a chuva tem esquecido, com aquele cajueiro cansado na porta e sua imensa fadiga de seca, com seus retoques de isolada e sua áurea de saudade eterna de tempos que já não voltam mais... Sonhei ontem com a lua cheia, a lua mais linda do mundo, que em sua imensidão enchia os nossos olhos vista sobre a lagoa, aquele era o reflexo mais soberano e glorioso que havia naquele cantinho... Hoje está tão vazio, dá tanta saudade... Lembrei-me então de outra eu que era bem mais jovem, bem menos cansada e mais sonhadora do que eu poderia descrever, lembrei-me do primeiro emprego (um dos) que deram