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-SUA LEMBRANÇA

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Caminhamos na chuva como velhos conhecidos, na minha cabeça aquele momento inicial, uma pergunta, um sorriso, um pedido e um vínculo formado, na tua só uma lembrança vaga de uma pergunta meio incerta. Eu sorria de lembrar, você bem mais contido parecia nem sequer pertencer ao mesmo mundo que eu nesse momento. Caminhávamos em silêncio e me veio à mente a razão tola de não ter imaginado que poderia chover, para trazer meu guarda-chuva. E você, inquieto parecia querer confessar um erro, ou um pecado ou uma decisão da qual eu possivelmente não iria gostar. Estava já à flor da pele ‘ não vou pressionar’ havia prometido isso, maldita hora que fiz tal promessa, promessa estúpida... Estava na cara que ia dar em nada... Mas, você continuava com aqueles passos falsos como se desejasse fugir daquele momento, e dos meus olhos que demoravam-se sobre sua pele, mas fugiam com algum temor também quando deparavam-se com os seus. Queriam e ao mesmo tempo tinham medo de adivinhar seu pensamento. ‘

-SOBRE O QUE NÃO É, MAS QUE PODERIA SER...

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É claro que eu tinha um plano, óbvio... A gente ia ficar junto e ser feliz pra sempre. Mas, odeio o MAS que existe pra cada momento ou frase que devia ser completamente perfeita... Enfim... Mas, você estragou tudo com sua mania de achar que o mundo tem que ser livre e libertino. O meu mundo Amor é ainda colorido e cheio de florzinha lilás de gratidão, e ainda acredito na pureza de algum amor perdido por aí, também creio nas pessoas e ainda acho que alguém pode gostar de mim não pelo que se vê, mas pelo que sou de verdade, no meu estranho mundo melancólico, bucólico, melodramático, tem muito espaço pra sonhos indizíveis, histórias estupendas e pecados inconfessáveis.  Mesmo assim, você em sua pouca fé e muita graça acha que deitar é amor, beijar é amor... Mas, não é isso, ou melhor, não somente e apenas isso... Isso é desejo, paixão, carne, sangue fervendo. Amor é brisa leve, suave, gostosa... É toque de pétala, vinho do porto, amor é fogo que purifica mais que queima, chama ete

-EU AMEI TE VER

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Hoje começamos uma incrível viagem ao centro do nosso mundo secreto. Nossa felicidade tímida, mas obvia saltava aos olhos dos curiosos e nos abraços beijos ocultos nos uniam. O inicio de uma eterna viagem feliz em direção ao novo, ao vivo, ao vibrante. A viagem não começou tão calma como previmos, porque a chuva, completamente indispensável, totalmente essencial, apesar da mania de superstição que você sugere, ela surgiu para nos aproximar em alguns momentos, como nós pobres mortais presos à moralidade jamais ousaríamos fazer.  Pequenos gestos silenciosos confundiam os presentes e ai já não sabiam ou poderiam entender o porquê de não sermos o que éramos  e somos, mesmo sem admitirmos, e se falta algo concreto, eu concluo, repito e refaço a frase pra dizer claramente que somos mesmo que um em algum momento desminta, mesmo que o outro em algum momento não se dê conta ou fuja, nós somos exatamente o que parecemos ser! Mas, ai vem à chuva... E sempre tem um, MAS! Só que o de hoje é

-DE VOLTA PARA CASA!

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        Sei que houveram muitas reviravoltas nessa história, que passei algum tempo a viajar dentro de mim para encontrar de novo as palavras certas e voltar aqui e encher vocês de sonhos, mas agora estou aqui, onde é na verdade meu lar, minha casa!        Não vou a lugar algum porque é aqui que sou e é aqui onde realmente posso viver completa, abrigada no lençol amarelo de palavras de açúcar, aqui onde os sentimentos são azul como a alvorada num dia nublado, e o sol paira no meio do universo para ser só meu, a luz que guia os passos é simplesmente singela e clara... Venha por aqui... Vou te levar de volta para casa!       Está é uma saudade que agora dispenso em minha alma, pois que a conclusão do assunto é... Preciso desse mundo para poder ter os outros tantos que aqui nascem... E finalmente, estou de volta!

SENHOR DAS MINHAS NOITES

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Esta noite sonhei com você e percebe-se pelo meu semblante que o sono foi bom e se dependesse de mim jamais acabaria... Talvez por isso eu ficasse por tanto tempo entre os lençóis esperando seu beijo de bom dia para levantar para uma nova vida, talvez pela certeza de que esse beijo não seria real eu adiasse ao máximo essa minha realidade cruel sem você. Lembro-me que no ultimo encontro você me deu um bolo daqueles imperdoáveis, mas eu com coração não somente te perdoei e ainda espero que volte, não foi nenhum ultimo momento memorável, é verdade, mas ainda mexe muito com meu coração, meu peito acelera de pensar no teu sorriso e tua voz graciosa sempre de bem com a vida, isso não tem preço no meu dia. Na verdade, analisando cruelmente e friamente os fatos fica óbvio que de sua parte jamais houve nenhum tempo de sentimento, mas quem disse que eu como uma romântica ou como diria Thiago ‘maldita romântica’, não poderia fazer essa observação tão dura e destruir aquelas pequenas

-SOBRE O AMOR...

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Dizem por ai que o amor à gente pode encontrar em qualquer lugar a qualquer hora, mas quem pode saber se isso é verdade? Afinal cada relação tem seu próprio caminho e seu próprio desenrolar... Eu mesma que tanto busquei um amor na vida findei por concluir que não procurar dá mais chances de achar do que o contrario. Um dia, talvez apareça um menino com sorriso bobo, mas sério e calado ao mesmo tempo, e talvez, não necessariamente, ele pareça ser muito bravo e grosseiro, mas talvez seja apenas disfarce para um dor que mais tarde se revela. Pode ser que ocorra numa noite fria uma conversa aconchegante e você o ame pela sua paixão por barulhos de moto, por seu sorriso tão bobo, ou sua maneira de te fazer acreditar na sua grandeza. Pode ser que ele ache você meio arrogante e vocês briguem muito o tempo todo, mas sempre se entendam de algum jeito no final. Pode ser que ambos sejam afiados em discussão, sangue quente para defender o que acreditam e ambos tenham aquela sublime capac

-NO FIM DA ESTAÇÃO

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  Hoje, já no fim do inverno, sai à varanda e vi a cidade lá fora e pareceu tão aconchegante. E fiquei triste por me entender como uma prisioneira num jaula de cristal na selva de pedra. E desejei voar pela varanda e ser ‘menino pássaro’ quando como era pequena e éramos pássaros que voavam sentados na galha mais frondosa da oliveira sempre-verde no meu quintal. Sentia de repente um ar que invadia os meus pulmões me encher de novo de uma vida de antes que eu amava e não sabia. A liberdade de ir para o desconhecido junto com a certeza de habitar junto do útero materno. Indo para casa, sinto-me ansiosa e meio perdida. Há tantos caminhos percorridos nesse meio tempo que a infância e outra época boa da minha vida ficam sussurrando ao meu pé de ouvido para voltar e fixar morada naquele pequeno paraíso que fora nosso mundo. Uma minuciosa e confusa analise me leva a cozinha com passos pausados e lentos como ensaiando uma dança libertadora. Mecânica e suavemente me desloco entre o