Suas razões
Não partiste porque minhas lágrimas
eram quentes e meu sorriso amargo, não é?
eram quentes e meu sorriso amargo, não é?
Não. Não foi minha dor ou meu apego a
tua voz que te fez desejar minha
ausência, acaso foi?
tua voz que te fez desejar minha
ausência, acaso foi?
Foram tuas promessas que não podiam
jamais se cumprir que te fizeram ir
embora sem olhar para trás?
Foram tuas preces no meio da noite que
te fizeram partir sem mim?
Foram as doces noites de lua que
experimentastes enquanto eu ainda
sonhava com tua volta?
É isto? Deixaste-me de lado e traíste-me
com a lua, tua sempre amada amante?
Acaso foram meus suspiros apaixonados
que te fizeram fugir covardemente? Ou
foi minha espontânea alegria por tê-lo
em minha vida que o assustou e me fez perdê-lo?
Quero saber a razão, pois sem razão não
há vida em meu seio torturado por tua falta...
há vida em meu seio torturado por tua falta...
Quero saber a razão para poder ouvir as
minhas próprias razões em ainda lutar
por você...
minhas próprias razões em ainda lutar
por você...
‘Amo-te como amigo e como amante’ diz
o Vinicius e eu te digo que mais que isso,
amo-te mesmo com todo meu amor
confuso e inebriante.
Amo-te com ardor e frescor, com paixão e
calma, com doçura e fogo.
Amo-te incomensuravelmente e
eternamente até que o dia deixe sua luz e
o céu, abrindo mão de sua grandiosidade,
me extinga deste mundo!
Mas um mergulho num amor intenso que se estranha e não obtém a reciprocidade em sua impulsividade. Enquanto um dos amantes arde até que a dor chegue, outro parece ser ausência e não correspondência a incondicionalidade do parceiro. Quanto mais sincero, mais apto a ser aquele que sofre no relacionamento.
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