- LAR...DOCE LAR!
Sou
poeticamente cheia de uma iluminação divina, sinto-me a rainha das palavras,
das mais belas palavras sou portadora, alento e segurança levo aos corações que
choram em solidão. Volto a dias de plena luz, num caminho único onde a falta de
alguém especial não mais me impede de dizer que amo, mesmo que seja ainda a um
estranho sem rosto, mas com grande coração. Estou aflita e frita, porque a
gente descobre com os dias a grandeza de muitos universos. E o meu caso e o de
muitos outros pelo mundo afora. Choram
por ai como se não houvesse mesmo nada mais em outros universos, mas ai vem uma
senhora que esta ainda sem cabelo entra no ônibus, senta do meu lado e sorri,
agradecendo a Deus em silencio por estar ali! E a vida cai sobre meus ombros
como um bando de elefantes obesos. E a dor que ela devia carregar e uma lição e
também um peso sobre mim agora. E descubro nos silêncios de olhares sofridos,
velhos, perdidos, pervertidos ou apaixonados pelas ruas, praças e jardins e
vejo que mesmo no ônibus, num transito caótico de uma capital qualquer, mesmo
lá a vida acontece como diz Marcelo César. E eu sorrio por ler aquilo em plena segunda,
quando o mundo corre, mas eu não, respiro compassadamente como se respirar
fosse um ritual e não um ato involuntário, eu decido e executo o respirar assim
como se morresse e ressuscitasse a cada instante.
Que saudade
da velocidade dos dedos loucos num teclado me mantendo viva e me ensinando a
viver melhor. Que saudade dessa minha casa que tanto gosto, com suas esquisitices
que me trazem paz para ser eu!
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