-DESPEDIDA
É estranho ter que se despedir de alguém que foi sempre um vulto nos meus sonhos, um alguém que eu não pude ver sorrindo, nem tampouco me viu sorrir... Mas, estranho é sentir essa dor, agonia e ao mesmo tempo um certo alivio por saber que seria egoísmo continuar a aprisiona-lo numa vida tão calamitosa. Seu Joaquim, aquele com quem planejei partilhar grandes coisas, talvez um café quente, ele com cara de poucos amigos, mas sempre comigo era diferente; compartilhar os segredos do quarto de dona Terezinha, e feliz sorrir quando ele soubesse que o filho ia ter um herdeiro. Uma bênção que não veio, ele segurando o braço do filho e confiante me entregando ele ao altar, aqueles olhinhos fortes e curiosos, de um grande guerreiro me dizendo que sou a pessoa certa. 'Juízo hein' ele ia dizer te olhando Amor! Depois disfarçaria uma lágrima e seria um dos dias mais felizes de sua vida... Seria! Ele não pode esperar por mim, teve pressa de liberdade, de paz... E se foi... Como seria