Minhas razões
Estranho estes sentimentos que deságuam de mim...
Sei que não deveria importar a tua limitação de
entender com a alma o que escrevo.
Devia já tê-lo advertido que enquanto olhares para
meus escritos com olhos físicos, jamais conseguirá
entender do que falo... Meus textos devem ser lidos
com a alma, com a parte psicológica e emocional do
teu ser, não com estes olhos, que enxergam apenas a
casca, mas não podem ver o caminho percorrido pela
seiva que alimenta a arvore...
Não poderás jamais entender o que digo se não te
inundares do desejo de sentir as palavras, se não
deixa-las te dominar e se apossar de ti.
Será então como jogar pedras ao vento, como cantar
para o nada, como sentir-se vazio e só, por que
simplesmente não poderás entender.
Todos terão algo a dizer, mas você só me dirá que
não significa nada, que são palavras sem nexo e que
a lógica não existe naquelas ideias.
Primeiro, minha alma não busca a lógica, depois de
que valor ela teria se não a posso sentir? Minha alma
busca o amor, por que este sim eu posso sentir,
posso viver, posso gritar sem mistérios...
Não entenderás o que digo sobre idas, sobre perdas
necessárias e desnecessárias, sobre a dor de uma
solidão que somente tu podes abrandar ou sobre tirar
férias de amar e não ser amada, mas entenderias se
eu te dissesse que te amo? Entenderias se tu, que me
magoastes em tua sabedoria, fosses a razão do meu
peito e meu motivo de ser? Podes entender que
busco uma razão na tua voz e suspiro por teus
sorrisos agora?
Escuta-me sempre com a alma e não tentes entender
o que sinto usando o sentido real das palavras.
Minha alma e minha essência são apenas uma
conotação eterna, sinto muito se não a podes
entender, mas acredito que devias ao menos tentar.
Sabe por que insisto?
É que...
Gosto tanto de você!
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