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Mostrando postagens de outubro, 2021

Afinal, quem era você?

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Cometi aquele erro bobo de novo... Apaixonei-me por um sorriso com covinhas! Foi um acaso que não planejei como é típico da paixão. Flechada por um cupido cego, ele pegou o alvo errado e me levou a uma “fake smile”, palavra que eu quero usar para definir alguém que finge ser dono do sorriso alheio. Mas, aquele sorriso aberto, com dentes brancos e alinhado na boca, com lábios corados e covinhas profundas nas bochechas cheias, aquele sorriso poderia iluminar qualquer vida. Que homem miga ! Isso foi o que falei no outro dia para minhas colegas sobre a impressão intensa de amar só um fantasma que lhe sorri indecifrável. A paixão louca me convoca e vou cega de pressa por viver... Mas, ontem o céu da minha janela na foto enviada estava mais pesado que o habitual, o peso da brisa parecia insuportável, o vento parecia sentir dor no seu movimento e lembrei-me de alguém que sentia dor e mesmo assim movia-se maravilhosamente quando lhe convinha, mas ao mesmo tempo senti que tinha alguma coi

- SÓ LEMBRANÇA E NADA MAIS...

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  Dançávamos agarradinhos na madrugada, àquilo era forró ou o quê mesmo? Estávamos apaixonados? Eu me pergunto... Talvez eu sim e ele não, talvez ele sim e eu não... Tendemos a confundir sentimento e emoção com longevidade, duração, vida inteira e nem sempre isso é real. Amor breve também é amor... Muitas vezes, caminhando distraídos encontramos meio sem querer aquele porto seguro onde regressar após longos períodos a deriva no mar de solidão. Isso é um olhar, um sorriso, instantaneamente acontece... Dura uma vida toda esse sentimento de saudade, dura uma vida toda a lembrança do abraço quente, do beijo doce, do sorriso alegre. Isso alimenta a alma faminta de amor e ajuda os românticos a respirar nas madrugadas frias... As lembranças, elas tem esse poder!   É um consolo saber que vivemos coisas memoráveis, que apostamos muito alto, muitas vezes, mesmo perdendo e nos perdendo um pouco... Aquele barulho da voz do amor que se foi sem adeus... Aquilo ainda ressoa noite adentro no nosso

- O PÁSSARO

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Meu coração já sabia desde há primeira hora que aquilo poderia me ferrar todinha. Sabia que sentimentos são como uma enchente se não são saudáveis, sabia que transbordar de modo repentino é preocupante, mas mesmo assim fui aquele encontro marcado e adiado, marcado e furado, marcado e realizado. Fui sem medo de ser surpreendida positiva ou negativamente, acreditava naquelas meias verdades e queria de coração que fossem somente a verdade e nada mais. Um pássaro pousou num sábado na minha janela e me fisgou com seu olhar que parecia tão sincero, aquele pássaro ferido, sangrando, chutou a grade de nylon da minha janela e veio ao meu ouvido sussurrar perturbações que me deixaram esperançosa, maravilhada! Era um pássaro que eu nunca havia visto antes e me encantou sua intensidade, sua entrega, seus diálogos bem elaborados, mas me assustou também tudo isso, pois vivo uma vida de cada dia e decepcionada pelos últimos acontecimentos já não tinha lá grandes expectativas com relação a nada,