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...O AMOR

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‘ Quem irá dizer que não existe razão nas   coisas feitas pelo coração? Quem irá dizer?’ ( Renato Russo- Eduardo e Monica) Ainda dormia em plena terça as dez quando meu celular me desperta com sua ligação. Uma surpresa, um atender sem preparação e aquele sotaque novo e encantador me dizendo ‘oi’. ‘Bom dia? Como está’... Memória curta essa minha, não lembro se dei bom dia. Espero ter dado, uma sensação de estupidez me tomou e certo vazio. Queria ter sido gentil, mas acordando sempre foi meio complicado para eu ser simpática ou pelo menos feliz. Mas, eu sorri, e disso eu lembro. Com certa felicidade infantil de ouvir sua voz e também de estar mesmo acordando... ‘Não quero incomodar’, você disse mesmo isso? Não me incomodou, será que eu fiz pensar que sim? ‘Que droga’, penso chateada comigo. E depois de algumas palavras, você sem graça, parece ir embora, tem a pressa que já não tenho e me desconcerta. Mas, seu gesto, sua gentileza permanecem respiráveis no ar do me

A MENINA QUE ROUBAVA

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  Sentia paz no cafuné da sua vó. Você pediu para não escrever sobre nós, disse que seria um acordo, eu e você... Seriamos um segredo, mas você se foi e não me resta mais razões para guarda-lo, não me restam razões, pelo modo abrupto de sua partida, para não contar ao mundo como você foi genial, apaixonante, serio, chato e confuso. Você me disse para ‘roubar sem roubar’, e eu roubei você, é o feitiço contra o feiticeiro. Eu te ouvi, e roubei suas histórias, que talvez um dia eu conte, ou não conte, verei no futuro o que fazer com elas, eu roubei seu silencio que tanto você aprecia e roubei a solidão que você tanto venera. Roubei ainda mais e tenho provas concretas, roubei nossas conversas, roubei um áudio com sua voz que tanto queria, e que confesso, ainda ouço, às vezes, a noite só imaginando que você ainda pode voltar. Roubei seu charuto cubano e sua vontade de que eu ficasse sempre depois e depois... Roubei sua paz por alguns dias, roubei suas risadas,

É NÓIS!

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  Assisti a um filme em que os dois personagens estavam condenados à morte, e foi um drama, com direito a pipoca e tudo, mas apesar do serio problema de saúde, acaso todos nós não estamos também fadados a morrer? Acaso para nós outros esta não é a única certeza de quem está vivo, de que um dia será premiado com a morte? Acaso, eu ou você não temos também somente o hoje e apesar dos planos, quem nos pode garantir um amanhã nesta terra? Ninguém né! Triste e dura realidade, você e eu também vamos morrer... Mas, enfim, não foi para fazer uma meditação que me lembrei do filme, mas uma coisa mais sutil me prendeu nele. Havia outro casal (que não era o principal) cujo lema era a palavra ‘sempre’, era como se a cada vez que pronunciassem isso estivessem se abraçando com essa palavra, e depois surge algo bem delicado entre os personagens principais e também um lema, estes dizem ‘ okay’ , ‘ okay pode ser nosso sempre ’, e é assim... Esse okay era seu modo de dizerem ao outro ‘você não est

-ENCONTRO MARCADO

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Aquela era sem duvida minha livraria favorita no centro de Campina. Seu ar de aconchego e graça me prendia e me fazia sentir leve. E em especial, naquele dia, você que vestia uma camisa social preta de manga três quartos, jeans informal e sapatos pretos com bicos quadrados estava completamente impecável e abismado com o espaço e as opções. Eu quando cruzei a porta e te vi fiquei quieta, parada, apenas contemplando sua paixão por aquele exemplar do Dan Brown, pelo brilho nos teus olhos, pela delicadeza e suavidade com que segurava o exemplar, arriscaria dizer que era um de seus autores favoritos, e mais tarde apenas confirmei minhas suspeitas. E depois sem querer nós topamos e você imediatamente pediu desculpas, afirmando estar tão distraído e eu, claro sorri simpática desculpando você por ser tão irresistível. Mas, foi você que disse sem que eu esperasse que voltaria ali na quinta e adoraria tomar um café na minha esplendida companhia. Perguntei como sabia que minha companhia e

GREEN DAY

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  Ele sabia que eu ia escrever sobre isso. Pra chamar atenção, talvez ele pense, ou para mostrar que lembra os detalhes e como consequência, chamar atenção. Mas, ele estará enganado. Eu escrevo sobre isso para lembrar uma parte boa da minha vida, de uns pequenos sonhos secretos realizados, de uns pequenos detalhes que viraram ok na minha lista de desejos íntimos. Para me fazer saber sempre que eu tiver duvidas que eu estou no caminho certo e mesmo errando certas vezes, que dessa vez fiz algo que quis e senti com alguém que quis também e talvez sentisse tanto quanto eu mesma. Podia ter mil dúvidas sobre você e o seu gosto, podia plantar em mim uma arvore de incertezas e certezas infundadas, todas as coisas baseadas no que você me falou ‘ Não sei se estou apaixonado por você’. Isso implica que você não sabe. Ou que você não sabia. E apesar de ter ensaiado na mente algumas maneiras de te perguntar isso, eu simplesmente não consegui pronunciar nenhuma palavra. Apenas meus pensam