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ESTRANHO

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  Ansiosa por ouvir tua voz quente a me aquecer e trazer-me definitivamente de volta a vida. Percebo desconcertada que este vazio e essa agonia, que de leve como sopros de uma brisa de verão vêm me tomando, são a falta de tua presença e teu sorriso. Aquelas covinhas, que amo em tua face, dizendo-me inconfessáveis segredos de tua vida, de teus dias sem mim e tua ausência me tirando o ar, o chão. Ando confusa pela casa, procurando um xícara, um café quente, um livro, um abrigo, ou você. Já nem sei o que busco no meu aflito momento de estranho... E sou tomada por esse estranho, essa força que se apodera de mim e me rouba de ti, esse desleixo de luz que se perdeu, e eu entendo que esse estranho, esse estranho é só a saudade de teu riso pela casa alegrando meu viver! Pego a minha chinela que mais gosto, então, eu visto meu traje de primavera, com muitas estampas felizes que parecem até mesmo debochar de minha solidão, e sigo caminhando pela rua em direção ao infinito e no fim de

CASO WIFRELL: A MULHER QUE JÁ NÃO RESPONDIA

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Quando ele me disse para escolher o ‘que te faz sentir bem’, decerto não podia supor que nada me faria ‘sentir bem’. Mas, então eu podia não existir e ai não sentiria nada... Foi isso que pensei quando finalmente tomando coragem apertei o gatilho do trinta e oito que empunhava nas mãos. Ia morrer e pronto! Mas, eu estava errada... Eu não morri! Nem isso eu fiz direito! Fiquei em coma profundo por meses... Hoje, tenho uma vida que foi apenas fruto de uma escolha... Eu queria não existir quando decidi ‘me extinguir’ (acho ME MATAR muito forte), mas acabei perdendo a vida e ficando condenada apenas a existir... Quando abri os olhos, os médicos disseram:   “– Ela esta morta em vida... Sentimos muito, mas não se pode fazer mais nada!”.       Deveria sentir um calafrio na espinha ao ouvir isso, mas não senti nada. Iria vegetar apenas... A menos que alguém me libertasse de sofrer... Mas, ninguém o fez! Passaram-se dias e fui para casa... Meu quarto! Que saudade de suas cores vibr
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   E foi assim que descobri na graça do teu sorriso simples, como desfolhar uma rosa, que a vida acontece...E na imensidão dos teus sentimentos e nas profundezas do teu coração eu mergulhei sem medos...Eu,como atriz coadjuvante na tua história, vi o milagre do amor tomando forma e se caracterizando ali diante de mim, de nós! E nos silêncios de tua ausência, quando você ia para sua vida sem mim, eu deseja ansiosa seu retorno para ter em minhas mãos as tuas ainda quentes. E no recitar da poesia em dia de chuva branda eu descobri nos teus braços a felicidade e pude notar a vida como acontece...E ver os sonhos tomando forma e tornando-se tão reais! E juntos nas dunas éramos amor, Meu Amor, e amor, e amor para sempre!

-PUBLICAÇÃO NO JORNAL INCONFIDENTE!

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  Nossa que alegria e honra ver minha primeira publicação impressa como colunista do jornal mineiro INCONFIDENTE! Feliz, realizada e esperançosa de que tudo tem seu tempo e todas as pequenas vitórias são o caminho que trilhamos para chegar ao nosso destino. Feliz...Muito feliz! Agradeço a Deus por me dar o amor e a paixão pela escrita. E fico eternamente agradecida ao cronista mineiro Marcelo César Silva por sua gentileza em me abrir esta porta. Dedico a  você  Marcelo! Dedico esta, a primeira de muitas publicações, também a minha mãe  Do Céu Candido  , minha incentivadora e apoiadora, a meu pai Antonio José, a meus irmãos:  Fátima Candido ,  Jailson Candido , e Josenildo. Dedico carinhosamente e com todo afeto a todos meus leitores e leitoras, pessoas que direto ou indiretamente me apoiam, acreditam e estimulam a continuar!

...O AMOR

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‘ Quem irá dizer que não existe razão nas   coisas feitas pelo coração? Quem irá dizer?’ ( Renato Russo- Eduardo e Monica) Ainda dormia em plena terça as dez quando meu celular me desperta com sua ligação. Uma surpresa, um atender sem preparação e aquele sotaque novo e encantador me dizendo ‘oi’. ‘Bom dia? Como está’... Memória curta essa minha, não lembro se dei bom dia. Espero ter dado, uma sensação de estupidez me tomou e certo vazio. Queria ter sido gentil, mas acordando sempre foi meio complicado para eu ser simpática ou pelo menos feliz. Mas, eu sorri, e disso eu lembro. Com certa felicidade infantil de ouvir sua voz e também de estar mesmo acordando... ‘Não quero incomodar’, você disse mesmo isso? Não me incomodou, será que eu fiz pensar que sim? ‘Que droga’, penso chateada comigo. E depois de algumas palavras, você sem graça, parece ir embora, tem a pressa que já não tenho e me desconcerta. Mas, seu gesto, sua gentileza permanecem respiráveis no ar do me

A MENINA QUE ROUBAVA

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  Sentia paz no cafuné da sua vó. Você pediu para não escrever sobre nós, disse que seria um acordo, eu e você... Seriamos um segredo, mas você se foi e não me resta mais razões para guarda-lo, não me restam razões, pelo modo abrupto de sua partida, para não contar ao mundo como você foi genial, apaixonante, serio, chato e confuso. Você me disse para ‘roubar sem roubar’, e eu roubei você, é o feitiço contra o feiticeiro. Eu te ouvi, e roubei suas histórias, que talvez um dia eu conte, ou não conte, verei no futuro o que fazer com elas, eu roubei seu silencio que tanto você aprecia e roubei a solidão que você tanto venera. Roubei ainda mais e tenho provas concretas, roubei nossas conversas, roubei um áudio com sua voz que tanto queria, e que confesso, ainda ouço, às vezes, a noite só imaginando que você ainda pode voltar. Roubei seu charuto cubano e sua vontade de que eu ficasse sempre depois e depois... Roubei sua paz por alguns dias, roubei suas risadas,

É NÓIS!

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  Assisti a um filme em que os dois personagens estavam condenados à morte, e foi um drama, com direito a pipoca e tudo, mas apesar do serio problema de saúde, acaso todos nós não estamos também fadados a morrer? Acaso para nós outros esta não é a única certeza de quem está vivo, de que um dia será premiado com a morte? Acaso, eu ou você não temos também somente o hoje e apesar dos planos, quem nos pode garantir um amanhã nesta terra? Ninguém né! Triste e dura realidade, você e eu também vamos morrer... Mas, enfim, não foi para fazer uma meditação que me lembrei do filme, mas uma coisa mais sutil me prendeu nele. Havia outro casal (que não era o principal) cujo lema era a palavra ‘sempre’, era como se a cada vez que pronunciassem isso estivessem se abraçando com essa palavra, e depois surge algo bem delicado entre os personagens principais e também um lema, estes dizem ‘ okay’ , ‘ okay pode ser nosso sempre ’, e é assim... Esse okay era seu modo de dizerem ao outro ‘você não est