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Mostrando postagens de novembro, 2021

A BRIGA (SUA DOR NOS MEUS BRAÇOS)

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Um menino inconsequente, explosivo, feroz, curioso, sem limites morava no meu corpo hoje bem surrado pela existência. Esse menino não sabia perder, ganhar ou apostar alto. Tudo nele era em alto e bom som, tudo era gigante, ele era cheio de excessos, cheio de si, dono do mundo... E mal sabia que a força do seu punho poderia arruinar seu coração sensível, mal sabia ele que a sua pressa em retribuir a provocação o cegaria ao limite do viver alheio, mal sabia ele que aquele espirito protetor que foi despertado poderia ali mesmo ser uma maldição! Naquele dia a muitos anos estava com uma moça que era minha namorada na época, tinha mais ou menos uns 21 anos e era alguém que hoje me assusta um pouco visitar. E na verdade, aquele dia mudou minha vida, aquele excesso me fez ver as coisas de modo diferente, aquele momento congelado em algum lugar no espaço tempo, aquele momento ele fez de mim uma parte do que sou agora! Então, estávamos juntos naquela praça fazendo o que os namorados fazem

INSENSATEZ

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  Naquela noite de chuva descobri que poderia matar uma barata com detergente, descobri que tinha achado um parceiro de ideias e escrita e juntos resolvemos fazer algo acontecer... Ele me disse que tinha uma historia estranha... Sentamos no sofá, peguei meu travesseiro para apoiar meus braços e dediquei-me a ouvi-lo atentamente... “Era uma manha chuvosa de domingo por volta de 6:00 e ouvi a companhia tocar abruptamente visto que não estava esperando ninguém, perguntei-me atônito quem seria, estava ainda de pijama, deveria me preocupar com isso? O olho magico me deu a resposta de imediato, aquela babaca! Claro que não importava o que vestia naquele momento porque a pergunta que ficara no ar era apenas “ Que diabos ela faz aqui essa hora, debaixo de uma chuva dessa e com esse ar de arrogante ainda por cima?”. Daí fui lá abrir pra ela, não porque me importava que pegasse uma pneumonia, mas por pura curiosidade mesmo... -Que faz aqui? -Não sou bem-vinda né? - O que você acha? Dei

Medo bobo

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  Meu maior medo nesse domingo é tão bobo... É um medo de não poder beijar esse sorriso com dentes entramelados, não poder pousar minha cabeça nesse peito quente e não poder passar minhas mãos carinhosas nesse seu cabelo negro e bagunçado. Meu medo é não poder ver o brilho nos seus olhos a olhar os meus e não sentir o afago de suas mãos nas minhas enquanto caminhamos no mar. Meu medo é não poder ouvir o lindo dito com essa sua voz bem aqui aos sussurros baixinhos ao meu pé de ouvido... Tenho medo que presos apenas num sonho nada disso possa ser real. Você diz que sonhos novos dão vida á vida que levamos meio cansada, meio tensa, mas muito imprevisível. Já pensou que numa noite qualquer de sábado o amor da sua vida cruza a mesma esquina que você e não se reconhecem? Tenho esse medo também, de que passe por mim e não sinta ou mesmo sentido não consiga agir ao saber que sou eu! Tenho medo que uma conexão que se criou instantaneamente se perca com a mesma facilidade e numa tarde de qui

ALMOÇO DE SEXTA

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-Olha, desculpa, mas toda vez que eu ver você vou te olhar estranho.. Perdão é sem querer... Será sempre sem querer, mas inevitável.   -Tranquilo relaxa... -Alias, como e seu nome? -Breno. -Prazer, Breno..rs - Você almoça sempre aqui? -Sempre..rs – - Onde você costuma ficar   aqui embaixo ou lá em cima? -Fico sempre onde for mais escondido, mas confortável para mim... -Tá, vamos lá para cima... Minutos depois... -Então, você parece muito com ele, muito tipo surreal. -Sou de Recife, estou aqui a trabalho. -Também é de Recife, trabalha no mesmo ramo, será que são parentes? - Não, não somos. Sabe que dizem às vezes, eu fui embora pra o Rio, voltei para Recife e agora vim pra cá... Breno você não tem coração? Eu dane-se! Claro que tenho coração, mas ele trabalha pra mim! -Que houve com seus pais? Alias, quantos anos você tem? -Tenho 29, sou de outubro inclusive, mas enfim... Fui criado pelos meus avós, minha mãe, sei lá, não consigo acreditar que mudou, é um ‘anjinh