AQUELA SAUDADE
Do que sinto saudade? Que pergunta boa... Chega o cheiro da minha saudade apareceu aqui no ambiente e me arrepiei com a sensação de que queria viver aquilo de novo. Sinto saudade de momentos que não foram fotografados, de risos que gravei apenas na memória e que não podem ser vistos por outros, então, essas saudades são órfãos sem casa, não podem ser tocadas apenas sentidas e são egoisticamente apenas minhas visto que as guardei naquela caixinha de madeira com detalhes barrocos grafados por um senhor de 80 anos que era hippie na praia e postos num lugar especial do meu peito. Do que sinto saudade? Sinto saudade do calor daquela mão na minha, do típico, clichê e velho ‘Bom dia, Amor!’, dos planos bobos que fazemos, das noites que foram bem vividas, do som dos seus passos indo a minha direção, sinto saudade de alguma coisa que tinha no ar e não era oxigênio ali, acho que era paixão. Do que sinto saudade? Sinto saudade de uma agoniazinha gostosa que a gente sente quando chega perto