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AQUELA SAUDADE

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  Do que sinto saudade? Que pergunta boa... Chega o cheiro da minha saudade apareceu aqui no ambiente e me arrepiei com a sensação de que queria viver aquilo de novo. Sinto saudade de momentos que não foram fotografados, de risos que gravei apenas na memória e que não podem ser vistos por outros, então, essas saudades são órfãos sem casa, não podem ser tocadas apenas sentidas e são egoisticamente apenas minhas visto que as guardei naquela caixinha de madeira com detalhes barrocos grafados por um senhor de 80 anos que era hippie na praia e postos num lugar especial do meu peito. Do que sinto saudade? Sinto saudade do calor daquela mão na minha, do típico, clichê e velho ‘Bom dia, Amor!’, dos planos bobos que fazemos, das noites que foram bem vividas, do som dos seus passos indo a minha direção, sinto saudade de alguma coisa que tinha no ar e não era oxigênio ali, acho que era paixão. Do que sinto saudade? Sinto saudade de uma agoniazinha gostosa que a gente sente quando chega perto

AQUELE DIA FELIZ

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  Senta aqui meu amigo e me conta essa historia direito... Puxei a cadeira curiosa e ele me abraçou apertado, sentou em seguida e respirou fundo iniciando sua historia com um sonoro ‘ Vamos lá... ’ Ficamos horas naquele dia falando sobre aquela mina louca que ele adorava, sobre o trabalho que andava sugando sua vida, sobre seus dias de gloria na sua nova faculdade... Sempre era assim com ele.   Conhecemo-nos num app e mesmo vivendo em terras distantes parecia haver aquela conexão inexplicável que não poderíamos negar. John era operador de maquina agrícola e naquela noite de quarta-feira ele fez algo inusitado ligando pra mim do nada e falando pelos cotovelos o que contornava meus silêncios intercalados de dor e febre naquele instante. Sua historia era ainda um mistério para mim e eu curiosa que sou mergulhava nisso de cabeça. Foi assim que viramos conhecidos de almas na vida e isso nos aproximou um pouco mais a cada dia. Rimos juntos e choramos também, foram anos de uma distan

-NÃO ME ARREPENDO

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  Escucha bien amor lo que te digo Pues creo no habr á otra ocasi ó n Para decirte que no me arrepiento De haberte entregado el coraz ó n... (Compositores: Samuel Parra Cruz Letra de De Qu é Me Sirve la Vida © Samo Sounds)   Perguntaram pra mim esses dias se me arrependia. Eu mesma j á havia me feito essa pergunta mil vezes esperando que houvesse sinceramente outra resposta... Ecoava das profundezas solit á rias da minha alma um eterno N Ã O... E eu sabia que essa era minha verdade! Entregar o cora çã o a algu é m é acima de tudo um ato de coragem, para poucos, apenas os valentes se atreveriam a abrir as portas e deixar entrar o amor, deixar o outro fazer parte da sua carne, o olhar dele ser uma part í cula estranha no seu sangue de t ã o complexa a conex ã o. Isso assusta a muitos, mas eu valente que sou, isso me empolga! E eu fiz isso algumas vezes com bastante consci ê ncia do risco, outras simplesmente me deixei levar pela emo çã o de saber que existia algu é m qu

-OUTONO

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  Tive um sonho noite passada, era tão lindo que pareceu de verdade. Senti que talvez se orasse sinceramente pudesse ser ate real um dia... Era outono em México, as folhas caiam em um ritmo que parecia uma dança a dois, duas para lá, duas para cá... Naquele momento eu podia lembrar suas palavras quando nos conhecemos um ano antes quando descreveu aquele esperado outono com poesia própria do prodígio que és: “Podemos casar no outono” “ Por que outono, alguma razão especial ?” “Sim, gosto do outono... É uma época de renascimento, é quando tudo termina pra recomeçar... Quando deixaremos nossa vida de solteiros para abraçar nossa vida de casados”... Achei tão lindo isso que falou que notando como seu rosto se iluminou naquele meio sorriso não dado eu desejei te beijar naquele instante. Teletransporte? Realidade virtual? Ficção científica? Clones... Você e eu... Ciência, física, muita química naquela conversa. A madrugada adentrar sem nenhum sono visível em ambos significou que havia a

Afinal, quem era você?

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Cometi aquele erro bobo de novo... Apaixonei-me por um sorriso com covinhas! Foi um acaso que não planejei como é típico da paixão. Flechada por um cupido cego, ele pegou o alvo errado e me levou a uma “fake smile”, palavra que eu quero usar para definir alguém que finge ser dono do sorriso alheio. Mas, aquele sorriso aberto, com dentes brancos e alinhado na boca, com lábios corados e covinhas profundas nas bochechas cheias, aquele sorriso poderia iluminar qualquer vida. Que homem miga ! Isso foi o que falei no outro dia para minhas colegas sobre a impressão intensa de amar só um fantasma que lhe sorri indecifrável. A paixão louca me convoca e vou cega de pressa por viver... Mas, ontem o céu da minha janela na foto enviada estava mais pesado que o habitual, o peso da brisa parecia insuportável, o vento parecia sentir dor no seu movimento e lembrei-me de alguém que sentia dor e mesmo assim movia-se maravilhosamente quando lhe convinha, mas ao mesmo tempo senti que tinha alguma coi