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- Sebastian

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  Naquele sábado a verdade batia a minha porta, e o amor no meio saltitava... Ah! Há quanto tempo essa emoção de paixão não habitava em mim... Há quanto tempo não sentia esse alvoroço... A paixão é assim essa chama imperfeita, inesperada que chega do nada e se instala em nós como vontade... Depois insana brota como desejo, que cresce como necessidade... Que nos domina e nos faz perder os rumos... Planejamos coisa e sonhamos acordados, sentimos inquietações repetidas da ausência, do silencio... Quase nos leva a loucura essa tal de Srtª  Paixão . Danado que a gente gosta dessa vontade de ficar louco... Foi assim naquele sábado que eu ousei amar você pela ultima vez na minha vida. Sebastian, talvez pelos seus silêncios, talvez pela sua indiferença chamasse minha atenção curiosa desde a primeira vez que o vi. Mentiria se dissesse que lembro fielmente daquele dia, mentiria também se dissesse que não foi o fato dele não me enxergar que me encabulou e desquietou minha alma. Ele era alto, pe

- PERFUME

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  Resolvi desapaixonar pelo que vivi sozinho, foi unilateral e doeu... Esse era meu plano perfeito até hoje quando ela notou meu perfume... Fiquei congelado e sem palavras, ela notou meu perfume! Ela gostou dele, ela me enxergou de novo em meio a seu caos e me deu inesperanças fatídicas. Logo eu que não ia mais ama-la, logo eu que ia seguir sem sonhar com o beijo nunca dado, logo eu... Estava no caminho do esquecimento e me deparei com a névoa sombria da esperança. Logo ali, naquele instante eu me reapaixonei pelo maior erro da minha vida! Senhores não me julguem... Quem não amou sem ser amado, não ouse levantar sua voz e condenar meu coração, não ousem sequer mencionar meu nome em becos e coloca-lo em meio a conversas sórdidas sobre um homem bobo que amou sozinho... Peço encarecidamente que não o façam. Não me deixem também saber que acham tolo o meu sentir, que acham abusivo e desnecessário esse sentimento todo que mora em mim... Não por favor, não machuquem o meu amor-próprio coch

-SEGUNDA-FEIRA

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Havia acordada inspirada para aquele tipo de sentimento que no inicio de outubro já ardia no meu peito. Havia sonhado com ele por tempos indefinidos e sua presença sonhada, mas não vivida fora uma insanidade a cada instante. Havia chegado a hora de abandonar os medos, limpar as gavetas do coração, recomeçar se fosse preciso... Tomara naquela manhã uma decisão ousada de dar mais um primeiro passo em sua direção constante. Dezembro se aproximava de mim na velocidade da luz, cada dia era apenas um flash de viver, mergulhada na ansiedade e pressa de poder estar logo do seu lado eu programei uma viagem de ultima hora, pois para mim era uma questão de tempo que eu discutia comigo mesmo há anos e sempre chegava à mesma conclusão: Não havia tempo sobrando para ser desperdiçado com tanta saudade! O dia finalmente chegara, sentia que isso poderia ser uma aposta alta e arriscada e isso me deixava ainda mais orgulhosa pela coragem que morava no amor e que agora agia em meus passos. Pisei no av

-UM PRÍNCIPE

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Ele me pediu para escrever uma historia da gente, mas que historia poderia ser se a gente nem era a gente? Então, recortei um pouco dos nossos encontros e impressões e costurei retalho por retalho uma colcha de emoções que saiu mais ou menos assim... “Eu conheci um príncipe que ao invés de um cavalo branco tinha dois bulldogs, que ao invés de uma coroa tinha um topete, ele nem sequer tinha bom senso e era meio sem noção, mas ele tinha muita coragem, alguma ousadia necessária e um coração de menino, era um bobo sonhador que tocou meu coração inesperadamente. Ele conseguiu cometer todos os erros de um segundo encontro, felizmente fora compensado pela primeira impressão. Ele era um desses raros seres humanos que sabem pedir desculpas sem ficar tentando achar explicações bizarras para o erro, e ele me deixou ser eu mesma com ele, despi-me de qualquer armadura e me senti livre na sua companhia por um momento. Ele sorriu e ao ouvir sua risada, seu tom e sentir seus olhos sobre mim eu soube

-UM DIA QUE SONHEI COM VOCÊ

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         Bem, são sonhos, quem pode nos culpar por eles afinal? Acho que falar sobre ele era bom, mas ver seu sorriso, beijar sua boca quente e sentir seu corpo ardente, isso mesmo em sonho foi recompensador. Hoje fiquei a tarde inteira me perguntando quando mesmo você decidiu que a gente ia ser platônico? Quando você decidiu que a gente ia ser só amigos, condenados a friend-zone e nada mais? Quando que a gente com nossas igualdades migramos silenciosamente para esta zona desconfortável de existir por necessidade, cuidado ou apenas solidão no outro? Se tivesse achado uma resposta precisa, tenho a impressão que não me sentaria nesse apartamento frio e meio triste com suas paredes coloridas e seu ar de saudade e escreveria sobre nós, aquele nós com que eu sonhei outra noite e você sorriu ao lembrar. Ficou com misto mais de curiosidade do que de desejo de estar ciente do sonho, como se pudesse sentir que saber os detalhes mudaria você, mas para mim eterna romântica, até o seu

-A HISTÓRIA ESTA SÓ COMEÇANDO...

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Quando cheguei ao quarto à mala estava arrumada, o vaso com flores mortas ainda sustentava seu aspecto esperançoso e seu bilhete envelhecido. E as cortinas abertas deixavam o vento soprar livre, tornando-se quase impossível não sentir-se atraído por aquela cena tão comum... Você sorria e seu sorriso esperto e seu cheiro profundo e suave estavam inundando aquele ambiente, antes você enchia tudo com sua presença transbordante, agora só havia uns poucos pedaços de alegria ali. E acho que somente eram as lembranças com passos avexados na sala, seu caminho com pequenas escolhas erradas, e nossa mania de não saber como chegar a outro lugar fora dos planos, tudo isso me mantinha ainda ali parada, gelada e com aspecto de solidão impossível de ser esquecida por qualquer transeunte que por mim passasse e desse ao trabalho de me olhar com verdade, enxergar meus vazios e minhas dores. Já naquele ponto não esperava você, nem ninguém me fazendo abrir as cortinas de manha e sentindo na pele

-MALDITA ESCRITORA ROMÂNTICA

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Zygmunt Bauman POR UM MINUTO “E todos os amantes já adormeceram E todas as palavras já se calaram Já não vive o mundo em que se perderam Nem as madrugadas em que se amaram ...” (Bruno & Marrone)       No inicio da manhã seu cheiro, sua voz embargada de sono, seu sorriso meio malandro... No inicio da manha você me fazendo realizar sonhos, me confundindo, me acalmando e perturbando ao mesmo tempo. Você com suas eternas certezas, firmezas e decisões. Insiste dia a dia a testar meus limites, minhas coragens e medos e me desafia a ser maior que meu próprio mundo.       Naquela quarta-feira o mundo poderia parar porque seu calor me manteria alerta por dias, horas e milênios. Embebida no seu inebriante gosto pela aventura eu me vi perdida, mas tão feliz, que poderia viver nessa incerteza sem ao menos questiona-la.       Estranho olhar através do espelho do tempo e ver isso como uma distante lembrança, como se num passado lá distante a gente fosse mais a gente d